hoje acordei e meus olhos se abriram para o teto. fiquei um bom tempo ali encarando o profundo branco sem pensar em absolutamente nada - porque nada absolutamente pensado eu seria capaz de suportar naquele momento. então quando menos percebi, eu tinha lágrimas caindo
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vezenquando sou surpeendida por um mezzo-sentimento de inquietação que não consigo entender. é como se as coisas não estivessem mais no lugar e, involuntariamente, eu soubesse que a verdade, querida, é que nunca estarão. de repente, tudo fica mais pesado e eu vou perdendo, aos poucos, o controle sobre a minha vida. então percebo que já deu.  tudo tem o seu prazo mesmo e a transitoriedade das coisas sempre foi algo inerente à minha condição cigana. é preciso deixar tudo isso para trás, babe, antes que seja tarde demais. é preciso recomeçar. de qualquer forma, de qualquer lugar. porque, inevitavelmente, a gente segue.

se for para falar a verdae, ser honesta comigo mesma, assumir diante do espelho, hoje eu entendo que,  nesse intervalo de 6 anos, não deixei os lugares que vivi por puro capricho. fui deixando para trás um a um por tristeza, desconforto, desajuste. e eu não sei se um dia esse combo de sentimentos vai passar.

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